03/06/2012

TRÊS HOMENS NA FORNALHA

“Daniel Cap. 3”

 

INTRODUÇÃO.
A biografia dos jovens amigos de Daniel, que assentaram em seus corações não se contaminar com o manjar do “rei”. Fizeram a história no reino da Babilônia pela postura diante de Deus. Foram levados como escravos a uma nação diferente da que estavam acostumados... Foram arrancados do convívio dos familiares, dos amigos, da comunidade em que eram pessoas, certamente, de destaque, pois, eram nobres na terra natal (Judá). Foram testados nos parâmetros do caráter que tinham; na conduta social; na conduta espiritual... Essa por sua vez, era a mais difícil prova a ser vencida. Mas, conseguiram através da determinação de manterem-se íntegros diante do rei, da nova sociedade e, principalmente, diante do seu Deus.

·         Os Testes...
Após os testes dos conhecimentos e conduta pessoal, cada um foi achado mais douto que os demais. Por isso, ocuparam posições de destaque no Exílio. Com isso, atraíram inveja sobre si, não propositadamente, mas porque confiavam num Deus Onipotente, Onisciente, Onipresente, que os assistiam em todos os momentos de expectativas e anseios. Os jovens eram corajosos e testemunhas fiéis. Não importava o que passariam; para eles o mais importante era agradar a Deus. Tinham a fé, como uma criança, em Deus. Isto é, a fé genuína e inocente, sabendo que Deus era o amparo de que necessitavam para serem vitoriosos nos embates da nova vida, que lhes reservava muitas surpresas.

·         O Fogo Ardia...
Para a prova da fidelidade e o testemunho perante o mundo, foram lançados na fornalha ardente. Mas, as amarras caíram e viram o Senhor; caminharam com ele dentro da fornalha de fogo ardente. Isto causou espanto àqueles que esperavam vê-los fritos pelo fogo aquecido “sete vezes mais”. E, “porque a palavra do rei apertava, e o forno estava sobremaneira quente, a chama do fogo matou aqueles homens que levantaram a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego” (Dn 3.22). Alcançaram a liberdade... “Por mim, pois, é feito um decreto, pelo qual todo o povo, nação e língua que disser blasfêmia contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego sejam despedaçados, e as suas casas sejam feitas um monturo; porquanto não há outro Deus que possa livrar como este. Então, o rei fez prosperar a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, na província de Babilônia” (Dn 3.29,30). Receberam do Senhor grandes recompensas. A ilustração desses jovens rapazes nos lembra a situação de três homens que o próprio Deus testemunhou acerca deles: Daniel, Noé e . Entretanto, veja como os jovens saíram ilesos da fornalha de fogo ardente.

CORAJOSOS E TESTEMUNHAS FIÉIS.
A coragem é fator preponderante na vida das pessoas. Faz com que superem obstáculos no decorrer da vida. Os jovens mostraram isso com a veemência dos fatos, porque não se envergaram sob a imposição de Nabucodonosor, o monarca mais temido por suas conquistas, inclusive de Judá. Era o maioral; verdadeiro instrumento nas mãos de Deus, pois o vaticínio do cativeiro fora predito pelos profetas, como castigo a Judá que se afastou de Deus. Todavia, haverá sempre um remanescente que Deus poderá usar.

·         “O segredo do Senhor está com aqueles que o temem”.
Neste caso, temos a biografia dos jovens que, corajosamente, enfrentaram a situação de cabeça erguida, confiando na provisão divina. Eram valentes e verdadeiras testemunhas diante dos homens. Lembram-se da prova que passaram com Daniel, logo que chegaram à corte de Nabucodonosor? Pois é, ali vemos a postura da moçada! Que coragem! A coragem dos jovens os levou a uma situação inusitada – vencer as iguarias do “rei”. De fato, não se contaminaram. São a jovens assim que Deus revela seus segredos, e demonstra seu poder. Lembre-se que: “O segredo do Senhor está com aqueles que o temem”.

·         E, se não, fica sabendo ó rei,...
Novamente, abre-se a cortina para o episódio encenado na província babilônica. Uma estátua de ouro é levantada na planície de Dura, e foi ordenada a prostração do povo para adorá-la. Aquele que recusasse seria lançado na fornalha ardente. É neste cenário, de expectativa e horror, que aparece os jovens corajosos: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego (Hananias; Azarias e Misael). “Responderam Sadraque, Mesaque e Abednego, e disseram ao rei Nabucodonosor: Não necessitamos de te responder sobre este negócio. Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste” (Dn 3.16-18).

·         Há uns homens judeus; os quais constituístes sobre os negócios
Por inveja os espiões os denunciaram pela desobediência de não se prostrarem. “Por isso, no mesmo instante chegaram perto alguns caldeus, e acusaram os judeus. E responderam, dizendo ao rei Nabucodonosor: Ó rei, vive eternamente! Tu, ó rei, fizeste um decreto, pelo qual todo homem que ouvisse o som da buzina, da flauta, da harpa, da sambuca, do saltério, e da gaita de foles, e de toda a espécie de música, se prostrasse e adorasse a estátua de ouro; E, qualquer que não se prostrasse e adorasse, seria lançado dentro da fornalha de fogo ardente. Há uns homens judeus; os quais constituístes sobre os negócios da província de babilônia: Sadraque, Mesaque e Abednego; estes homens, ó rei, não fizeram caso de ti; a teus deuses não servem, nem adoram a estátua de ouro que levantaste” (Dn 3.8-12). Mas, eles sabiam o que Deus havia dito: “Não farás para ti imagem de escultura... Não as adorarás, nem lhes dará culto” (Êx 20.4,5).

·         O milagroso aparecimento de um homem na fornalha.
Mostraram-se destemidos na presença do monarca oriental. Que meninos corajosos! A história da fornalha é conhecida. Mas, o que aconteceu de maravilhoso nesta cena? O milagroso aparecimento de um homem na fornalha. Sim! O filho de Deus estava com eles. Que efeito causou em Nabucodonosor? Fora tomado de grande admiração e espanto pelo miraculoso poder do Deus desses jovens. Ainda assim, o rei Nabucodonosor não se prostrou humilde para adorar a Deus. Chamou o Senhor de “o Deus deles”. Todavia, o Senhor quer que clamemos: “Senhor meu e Deus meu!” Pois, Jesus disse: “Vós orareis assim: Pai nosso...”. A cena mostra, de forma dramática, o poder do Deus Altíssimo aos “príncipes” deste grande império. Os jovens, corajosamente, deram testemunho e mostraram-se fiéis a Deus. Viveram na atmosfera de moral livre e padrões baixos, mesmo morando no palácio. E, com muita coragem, se mantiveram separados dos males da corte; – fiéis a Deus na época em que tudo lhes parecia desfavorável.

FÉ DE CRIANÇA.
A fé de uma criança é vista como genuína e ingênua – destituída de qualquer resquício de desconfiança; é inabalável. A fé deve ser como a convicção de uma criança. Deste modo, vem à lembrança a menina de Israel, levada como escrava para a Síria. Chegando àquela nação estranha, a menina ficou a serviço, na casa de Naamã o leproso. Foi à lepra do general que introduziu a menina numa das histórias mais belas da Bíblia. A fé da menina contagiou à senhora, que contagiou o esposo leproso levando-o a buscar a cura. Além disso, neste cenário, temos a figura de um dos grandes profetas de Deus, Eliseu, o calvo. O nome da garota não é revelado; mas, a história, em cujo enredo faz parte, é verdadeira.

·         Acreditava no milagre...
A história revela a misericórdia de Deus para com o homem bom, porém, não cristão. A fé, da garota sem nome, contagia a patroa que contagia o general Naamã. Então, se dispõe a ir até ao profeta de Deus, em Israel. A ênfase está no testemunho que ela dá acerca do profeta e de Deus. Acreditava no milagre para seu senhor. A fé demonstra a coragem que teve, ao dar seu testemunho, pois, sabia que em Israel havia um profeta que falava em nome do Senhor. A coragem, em terra estranha, é a motivação suficiente para nós, atualmente, darmos testemunho sobre Jesus, para uma sociedade hodierna, que levanta ícones carnais transformando-os em ídolos na mídia contemporânea (2 Rs 5.2ss).

·         “Acabaram-se os varões dessa casa?”
A bíblia não só mostra esta história envolvendo jovens em seus planos, mas também a história do jovem, segundo o coração de Deus, escolhido para ser rei de Israel: Davi, o pastor de ovelhas. Caçula de seus irmãos, relegado ao um plano inferior por seu pai e irmãos, não foi esquecido por Deus. Quando chegou o momento, Deus o fez monarca de Israel, ordenando que Samuel fosse à casa de Jessé para ungir o novo comandante da nação. Lá chegando, o sacerdote encontra toda a família, porém, o mais novo não estava. Um a um passaram diante de Samuel, mas nenhum recebeu a aprovação de Deus. Então, o sacerdote pergunta: “Acabaram-se os varões dessa casa?” A resposta foi: “Não, ainda há o mais novo, mas ele é só um menino!”. Mandaram chamá-lo. Era apenas um menino em tenra idade, mas para Deus o escolhido para fazer parte do plano divino para Israel e para a humanidade. Da raiz de Jesse viria o Salvador. Embora Davi, posteriormente, cometeu alguns delitos, seu arrependimento foi aceito pelo Senhor.

·         “Segundo o coração de Deus”
Sendo ainda jovem, certa ocasião, viu-se diante de um grande desafio, que marcaria definitivamente sua carreira como rei. A situação deu-se em período de guerra, quando os filisteus afrontavam, com Golias, a nação israelita. O jovem adolescente foi levar mantimento aos irmãos no “front” da batalha. Lá chegando, avista o “brutamonte” vociferando imprecações contra o povo de Deus. Golias queria um combatente à altura para enfrentá-lo, pois era gigante. Ninguém se manifestou; estavam acovardados. Porém, havia o garoto Davi, “segundo o coração de Deus”, pronto a aceitar o desafio. Sua vitória fora garantida, não pela virilidade, pela estatura, pela força ou estratégia de guerra. Mas, pela fé, encarou o gigante, anunciando que seria o combatente a enfrentar a “fera”. O desdém foi geral. Todos acharam a mesma coisa, sem saber que Deus estava com aquele “pequeno jovem”.

·         O jovem chamado por Deus enfrentando seu maior desafio.
Davi seria o “rei segundo o coração de Deus”. Enfrentou o urso e o leão para livrar as ovelhas de seu pai, Jessé. Não seria diferente, agora, enfrentar o opositor, já que a confiança e a fé estavam depositadas naquele que o escolhera para comandar o povo – Deus. Vestiram-lhe pesada armadura; não se adaptou a ela. Preferiu ir, podemos dizer de “cara limpa”. Passa pelo ribeiro apanha cinco pedras, coloca no alforje e vai a passos firmes encarar o opressor. Que coragem! Que determinação! O jovem chamado por Deus enfrentando seu maior desafio. A confiança é visível, a fé inabalável, a vitória é certa... “Hoje mesmo o Senhor te entregará na minha mão; e ferir-te-ei, e te tirarei a cabeça, e os corpos do arraial dos filisteus darei hoje mesmo às aves do céu e às bestas da terra; e toda a terra saberá que há Deus em Israel. E saberá toda esta congregação que o Senhor salva, não com espada, nem com lança; porque do Senhor é a guerra, e ele vos entregará na nossa mão” (1 Sm 17.46,47). Davi correu para o gigante Golias, meteu a mão no alforje e tirou a pedra, colocou na funda lançando-a na testa do filisteu. O gigante tomba, e com a própria espada corta-lhe a cabeça. Nos combates da vida devemos lembrar a célebre frase de Davi, que disse: “Tu vens a mim com espada, e com lança, e com escudo; porém eu vou a ti em nome do SENHOR dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado” (1 Sm 17.45). Assim, enfrentamos os gigantescos obstáculos que se nos opõe em nome do SENHOR dos exércitos.

ALCANÇARAM LIBERDADE.
A semelhança dos fatos é que, no fim de cada batalha, haverá sempre liberdade ou libertação da parte de Deus. Pois, Deus não escolhe seus servos apenas para se apresentar como o “Todo-poderoso”. Mas, porque está no controle de todas as coisas, inclusive da humanidade. Veja o caso dos jovens na fornalha ardente. Foram levados cativos por permissão de Deus. No cativeiro, certamente, firmaram a fé em Deus. Uma confiança premente, porque as circunstâncias assim exigiam. Ou testemunhavam a fidelidade a Deus, ou sucumbiam diante da sociedade de baixa moral e libertina, como era a Babilônia. Preferiram confiar, inabalavelmente, no Senhor dos Exércitos.

·         O preço da fidelidade.
Foram atiradas no fogo ardente aquecido sete vezes mais; porém, nem cheiro de fumaça se apegou a eles. E o maravilhoso é que, junto a eles, o Deus dos Exércitos se fez presente no meio do fogo. Isto causou grande espanto àqueles que estavam presentes na solenidade institucional. Apesar de serem delatados por desobediência, o que não era a intenção deles, mas ficar firmes na fé em Deus. Mas, o Senhor tem os seus meios de trabalhar... Permitiu o desenrolar da história, e foi glorificado em Babilônia pela fé e coragem dos jovens que pagaram o preço da fidelidade. A fé, inabalável, é construída com batalhas travadas no meio do fogo cruzado. E, no “front” de Jeová, soldados preparados e alistados sempre serão os vencedores.

·         Passando por “batalhas”.
Na Síria a menina, citada anteriormente, deu seu testemunho à senhora, que transmitiu ao marido... Este procurou o profeta e recebeu a cura da lepra, diante do homem de Deus, Eliseu. Mas, foi preciso mergulhar, por fé, no rio Jordão. Davi, apesar da pouca idade, foi escolhido para ser “rei” em Israel. Porém, não assumiu de imediato o trono, passou por “batalhas” até ser coroado rei. Uma destas “batalhas” foi, justamente, o enfrentamento contra o gigante Golias. Assim, por sua coragem e fé, apenas com uma pedra e uma funda, libertou a Israel da opressão os filisteus. Temos ainda, apesar de citado apenas como o sacerdote que ungiu a Davi como rei; o menino Samuel. Desde que foi desmamado, foi entregue no templo para ser educado no sacerdócio Levita. Também, foi escolhido por Deus para profeta e sacerdote em Israel desde criança. Legislou em Israel até que veio a monarquia.

·         Em nome “da fé que, uma vez foi dada aos santos”.
Em todos os casos notamos a presença de Deus. Nas lutas desses personagens o poder de Deus, cura e libertação são sempre notórias... Deus escolhe uma vida, um grupo e, até, uma nação inteira como é o caso de Israel, que até hoje é poupado, milagrosamente, do extermínio. Deus está no controle de tudo! Nada lhe escapa aos olhos que são como chama de fogo. Sua “onipotência”, “onipresença” e “onisciência” são patentes em todos os seguimentos da vida humana. A fé da juventude bíblica é a grande motivação para que possamos, nestes dias, enfrentar obstáculos qualquer que seja em nome “da fé que, uma vez foi dada aos santos”.

A RECOMPENSA.
Os jovens lançados na fornalha eram nobres em Judá. Agora, destituídos da nobreza, tornaram-se cativos na corte estranha de uma pátria distante. Seria longa a permanência deles no exílio forçado. Ao decidirem não se contaminar com o manjar do rei, percebe-se que eles, se retiraram para orar ao seu Deus. Pois, somente pela oração seriam recompensados pelo Senhor, e precisavam da graça diante de Aspenaz, o capataz de Nabucodonosor, incumbido de cuidar deles. As iguarias eram para todos sem exceção, conforme as ordens do monarca. Que fossem educados segundo os costumes babilônicos. Porém, tudo antes de ser servido, era sacrificado aos ídolos. Os jovens não podiam bancar os bonzinhos só para agradar os anfitriões. Não cabia a eles se tornarem traidores de seus pais que, certamente, os educaram conforme os preceitos divinos; nem do Senhor que formou a terra, inclusive da Babilônia. A recompensa vem de Deus.

·         Renunciaram aos manjares do mundo.
Vinda de Deus se torna mais valorizada e, conseqüentemente, eleva a auto-estima, estimula a fé e fortalece a alma. Assim, aconteceu que renunciaram aos manjares do “tirano”; os jovens escolheram a dieta a base de água e legumes. Como foram recompensados? Veja o que disseram: “Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias, fazendo que se nos dêem legumes a comer e água a beber. Então, se veja diante de ti a nossa aparência e a aparência dos jovens que comem a porção do manjar do rei, e, conforme vires te hajas com teus servos. E ele conveio nisso e os experimentaram dez dias” (Dn 1.12-14). Mais uma vez, observamos o Controlador do Universo agindo a favor daqueles que são fiéis. É o caso dos moços que, intrepidamente, tomaram uma posição direcionada por Deus.

·         Graça adquirida no convívio de Deus.
A oração é importante em qualquer circunstância, pois, ela fortalece a fé. “Ora Deus deu a Daniel graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos” (Dn 1.9). Graça adquirida no convívio de Deus através das orações. Mais a frente, passado o momento de expectativa, eles foram recompensados sobremaneira porque assumiram posições de servos do Altíssimo. Observem: “Desta sorte o despenseiro tirou a porção do manjar deles e o vinho que deviam beber e lhes dava legumes. Ora, a esses quatro jovens Deus deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda visão e sonhos” (Dn 1.17). Deus é maravilhoso! Concede dádivas celestiais àqueles que se entregam de corpo e alma a ele.

·         A prova dos dez dias.
No caso dos três amigos vemos, claramente, a recompensa adquirida diante da situação inusitada. Entretanto, chega o momento da prova dos dez dias. Leia, com atenção, o texto a seguir: “E, ao fim dos dias (três anos) em que o rei tinha dito que os trouxessem, o chefe dos eunucos os trouxe diante de Nabucodonosor. E o rei falou com eles; e entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; por isso, permaneceram diante do rei. E em toda matéria de sabedoria e de inteligência, sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos ou astrólogos que havia em todo o seu reino. E Daniel esteve até o primeiro ano do rei Ciro” (Dn 1.18-21). De Deus vem a recompensa, ainda que haja provações e tribulações. A vida dos jovens não foi nada fácil porque, cremos, passaram três anos à base de legumes e água. Mas, Deus envia bênçãos... Eles foram ricamente abençoados. Como?... Por quê? Daniel se tornou governador da província de Babilônia, os três da fornalha foram constituídos sobre negócios nas províncias babilônicas (Dn 2.48,49; 3.12). Está claramente destacado que as orações a que se dedicaram, fez efeito. Para eles não havia tempo ruim; pois, Deus estava presente desde o início do cativeiro...

QUANDO DEUS ENTRA NA FORNALHA...
A história desses rapazes trás a reflexão de como é importante uma vida espiritual saudável, tanto no que diz respeito à alma como ao corpo físico. Além disso, é necessária a presença de Deus nos momentos de maiores infortúnios. Porque a obra de Deus não retrocede; ela avança ainda que as fornalhas do mundo aqueçam sete vezes mais. De forma que, quando Deus entra na fornalha, é para que sejamos libertos do fogo das provações e tribulações, que surgem na vida.

·         “Quando Deus entra na fornalha”
“Quando Deus entra na fornalha” faz de seu poder algo real e seu nome é glorificado. Como aconteceu àqueles que viram o quarto homem passeando no meio do fogo com os três amigos de Daniel. Esta história é comovente não só pela clareza dos detalhes, mas porque Deus controla os elementos naturais, como: “ar”, “água”, “terra” e “fogo”. Veja o dilúvio: Deus controla as águas; a terra; o vento e o fogo. De fato, Deus está no controle de todas as coisas!...
“Quando Deus entra na fornalha” é para esfriar o fogo para não consumir seus servos.
Quando Deus entra na batalha”, é porque é “General de Guerra” – o Senhor dos Exércitos.
“Quando Deus entra na enfermidade”, é porque é o “Médico dos médicos”. Deus é Deus porque ele disse: “Eu Sou o que Sou”!

·         Deus controla os elementos da natureza.
Onde, em toda a Bíblia Sagrada, podemos encontrar uma derrota de Deus? Não existe. Todo plano de Deus tem êxito e, dizem que, até o errado dá certo nas mãos de Deus. Que maravilha! Não é somente na guerra que o Senhor está presente; mas também, nas menores causas. Isto lembra o episódio em que Elias estava diante de Acabe e dos profetas de Baal. Na dura batalha contra eles, a terra estava seca e havia fome em muitos lugares. Entretanto, Deus mostrou que controla os elementos da natureza, onde, através do Tisbita (Elias), disse que haveria chuva. Assim sucedeu, a presença do Senhor se manifestou não somente nas palavras do servo; mas, também como sinal através da “pequena nuvem, como a mão de um homem...” (1 Rs 18.44). Este sinal é a prova de que Deus está presente nas pequenas coisas e causas... “E veio uma grande chuva;...” (1 Rs 18.45).

·         “Provei-te na fornalha da aflição”
As promessas são incontáveis, porque do Senhor é a peleja e nós não a temos que pelejar. Devemos sim, ficar quietos e ver o livramento que nos dá. Ainda que sejamos provados, sabemos que ele está conosco. Ele disse: “Eis que te purificarei, mas não como a prata; provei-te na fornalha da aflição” (Is 48.10). É realidade o fato da presença de Deus nas diversas situações que possam encontrar seus servos. Contudo, o importante é que podemos contar com o Senhor no meio das fornalhas e das aflições, porque dele vem à vitória. “Quando Deus entra na fornalha” é porque garante a vitória. Note que a vitória é por antecedência. Ele disse; “Ajuntai-vos, todos vós, e ouvi: Quem dentre eles, tem anunciado estas coisas? O SENHOR o amou e executará a sua vontade contra Babilônia, e o seu braço será contra os caldeus” (Is 48.14). O quarto homem da fornalha é Senhor das vitórias. “Assim diz o Senhor, o teu Redentor, o santo de Israel: Eu sou o Senhor, o teu Deus que te ensina o que é útil, e te guia pelo caminho em que deves andar” (Is 48.17).

·         A depuração dos fiéis.
O quarto homem da fornalha é aquele que desfaz os nós das cadeias; coloca por terra as amarras diabólicas e, em liberdade, faz o justo prosperar. De Deus são as fornalhas das aflições, e provam aqueles que lhe são preciosos como as mais belas jóias. A depuração dos fiéis é, justamente, para que seu nome seja glorificado. “Em Deus faremos proezas, pois ele calcará aos pés os nossos inimigos” (Sl 108.13). “Quando Deus entra na fornalha” está dizendo que “não há sabedoria, nem inteligência, nem conselho contra o Senhor” (Pv 21.30). Os três homens contaram com a presença divina do Senhor; o que remete à seguinte reflexão baseada nas palavras de Jesus: “Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus” (Mt 10.32). Aqueles jovens alcançaram o socorro do Senhor, e foram abençoados. Assim, devemos ter a convicção de que Deus está conosco através do seu Filho Jesus, que disse: “Portanto, ide, ensinai todas as nações (Babilônia), batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém!” (Mt 28.19,20).

CONCLUSÃO.
Jovens; adolescentes; crianças; homens; mulheres e idosos servos do Senhor, a história é o apelo para despertarmos antes que o inferno destrua a comunhão com Deus. Saiba que a eternidade reserva as bênçãos com o Senhor ou a condenação com o diabo... Pois, “ali o bicho nunca morre, e o fogo nunca se apaga” (Is 66.24b.).

“Quando Deus entra na fornalha”...

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