(Lc 8.26 – 9.2)
É uma passagem que ilustra uma situação difícil e a única
solução. Jesus acabara de confrontar o endemoninhado, de Gadara, e enviara os demônios
para a manada de porcos (Lc 8.26-39). Os fazendeiros, proibidos de comê-los,
estavam comprometidos a fornecê-los para uma guarnição romana nas montanhas, a
leste, sobre o mar da Galileia. Mas, ninguém ousou a reclamar quando os animais
caíram no mar e morreram afogados.
Jesus disse: “Torna para tua casa, e conta quão grandes
coisas te fez Deus”. Pessoas ficaram assustadas com o fenômeno, e suplicaram a
Jesus que as deixasse e não fizesse mais sinais e maravilhas entre elas. Essa é
uma reação estranha de pessoas religiosas, que por alguma razão, sem sentido, querem
adoração sem milagres, sermões sem o poder do Espírito Santo e orações sem
respostas. Assim, exceto por razões sociais, por que alguém atentaria para uma
igreja onde o sobrenatural não acontece, orações não tem respostas e o louvor
não é ouvido pela cura ou libertação de alguém?
Jesus segue o caminho e retorna à estrada de Cafarnaum, de
repente chega Jairo, um príncipe da sinagoga. Veio ao encontro de Jesus. Jairo,
líder religioso, veio diante do Senhor e prostrou-se aos seus pés, rogando-lhe
“que entrasse em sua casa; porque tinha uma única filha, de quase doze anos,
que estava à morte”.
Jesus passa entre a multidão a caminho da casa de Jairo, então,
uma mulher com um fluxo de sangue há 12 anos, aproxima-se e toca em Jesus; foi
curada imediatamente. Jesus disse: “Alguém me tocou, porque bem sei que de mim
saiu virtude”. Note que muitos pastores, missionários e evangelistas testemunham
curas físicas e restauração de vidas através de seus ministérios de cura. A
imposição de mãos é mais que simples ritual ou ato de obediência; é a
transferência do poder que ocasiona a cura quando alguém está doente.
E quando dizia à mulher: “A tua fé te salvou”, um homem da
sinagoga chega dizendo; “A tua filha já está morta”. O que vemos é a avaliação
humana das condições da menina – morta; tudo acabado; tudo terminado! Lucas
escreve: “Porém...” É uma palavra importante e mostra que a fé contradiz os
fatos! “Jesus, porém, ouvindo-o respondeu-lhe dizendo: Crê somente, e será
salva”. É preciso colocar a fraqueza de lado, ter fé e estar firme nas
promessas de Deus.
Um tempo se passa, e quando Jesus retoma o caminho para a
casa de Jairo; instrumentistas e a multidão já iniciaram o funeral (Mt 9.23).
Ninguém duvidava que a menina estivesse morta.
Jesus entra no quarto acompanhado dos pais da menina; Pedro, Tiago e
João. Choravam, mas Jesus disse: “Não choreis; não está morta, mas dorme” (Lc
8.52). Riram-se, sabendo que estava
morta; mas ele, tomando-a pela mão, ordenou: “Levanta-te menina. E o seu
espírito voltou”. E Jesus mandou que lhe dessem de comer.
A história aconteceu e está em três dos quatro evangelhos
(Mt 9.18-26; Mc 5.22-43; Lc 8.41-56). Contém princípios que podem ser aplicados
em muitas áreas da nossa vida e da igreja. Primeiro Jesus foi cercado por uma
multidão de curiosos, não diferente das pessoas que são atraídas para as
igrejas. Mas Jesus reduziu a multidão a 12 discípulos e aos parentes da menina;
e restringiu mais ainda, permitiu apenas a presença de Pedro, Tiago, João e os
pais da menina no quarto onde estava morta.
Não faz diferença para Jesus se a menina precisava de
avivamento ou ressurreição. O problema não era a menina morta, mas a multidão
incrédula que aceitava a morte como fatalidade; ponto final e escarnecia de
sugestões contrárias. Jesus coloca os descrentes para fora antes de fazer o
milagre. Lucas descreve: “Seu espírito voltou, e ela logo se levantou” (Lc
8.55). Será que o Senhor tem de colocar alguns para fora antes de fazer alguns
milagres e avivar a igreja? Como a filha de Jairo, é preciso o espírito de
volta!
Não é coincidência: Logo após o ocorrido, Jesus, “convocando
os doze, deu-lhes autoridade e poder sobre todos os demônios, e para curarem
enfermidades; e enviou-os a pregar o reino de Deus, e a curar os enfermos” (Lc
9.1,2). Essa é uma ordenança dada à igreja! Como ousar ser cristãos
conservadores diante do exemplo do ministério de Jesus e de suas instruções aos
discípulos? O mundo não pode ser vencido por cristãos passivos, com mãos
abaixadas! A grande comissão (evangelização mundial) requer olhos abertos,
intimidade com a presença e poder de Jesus Cristo para salvar e libertar!
Não há ilustração melhor para a igreja, neste milênio, que a
ressurreição da filha de Jairo. Igrejas estão “mortas”, e sabemos disto. Os antepassados
(antigas gerações) não podem ajudar. Líderes não podem agir sozinhos, e são, na
verdade, eleitos por igrejas conservadoras que não querem perder o controle. É
o famoso grupo social que “se vestem para o Senhor”, mas não pode fazer
acontecer o avivamento. É verdade que só Jesus Cristo pode ressuscitar os
mortos, levantar as igrejas e restaurá-las à vida plena. Só com Cristo uma
igreja poderá ir adiante com poder renovado (dinâmica); autoridade (permissão
para usar essa dinâmica) e anunciar o Evangelho, controlar o mal, amarrar o
diabo e trazer cura a terra!
O que ocorreu no vale de ossos secos e na casa de Jairo
resume este assunto. O avivamento não começa com a igreja, a multidão, ou com grupo
seleto de pessoas, mas quando alguém pede socorro a Jesus e convida-o a entrar
em sua casa. Aí então, Jesus (sozinho) poderá fazer o milagre que reavivará a
igreja para uma novidade de vida.
Então a pergunta é: Jesus quer que sejamos avivados? É
interessante que o fator determinante na história de Jairo não foi à decisão
soberana vinda do céu, mas a resposta divina ao choro de um pai que creu em
Jesus! E ele responde ao nosso pedido de socorro. E, se precisarmos de ajuda
para nos levantarmos da morte, o momento é agora!
A história começou com Jairo pedindo a Jesus para curar sua
filha. Todo avivamento começa com um pedido, frequentemente com jejum e oração!
Portanto, se queremos uma novidade de vida é necessário que cheguemos a Jesus
com rogos, oração e jejum, pedindo que nos auxilie, para que possamos
experimentar o verdadeiro avivamento... Amém!
Nenhum comentário:
Postar um comentário