“João 4.14”
Introdução.
Somente aqueles que vivem em regiões áridas e secas,
castigadas pelas permanentes e prolongadas estiagens, podem apreciar,
compreender e valorizar as fontes de águas...
Fonte – Do hebraico “ayin”,
manancial situado fora da cidade; geralmente colocada perto de um monte e tinha
importância vital para o povo hebreu. O poço – do hebraico “Be’êr” – deve ser diferenciado da fonte da cisterna – do hebraico “Bôr” –, que significa poço de água
subterrânea.
Como existiam poços alimentados por fontes, as
expressões “fontes” e “poços” são utilizados, às vezes, no mesmo sentido (Gn
24). Quando o poço recebe água de uma fonte é denominado de poço de água viva: “Be’êr mayin hayyin” (Gn 26.19; Ct 4.15;
Jo 4.11ss). Nosso comentário não é sobre a água, mas sim sobre as fontes e sua
importância na vida dos hebreus.
Somente aqueles que vivem em regiões áridas e secas,
castigadas pelas permanentes e prolongadas estiagens, como acontece na Síria e
na Palestina é que apreciam, compreendem e valorizam as palavras que a Bíblia
registra e realça: “Com alegria tirareis
águas das fontes de salvação” (Is 12.3). “Águas arrebentarão no deserto; derramarei sobre os sedentos; correrão
de Jerusalém águas vivas”.
Todas essas expressões realçam o significado das águas
na vida de um povo e explica por si só a importância de uma fonte naqueles
dias; naquelas regiões.
Do papel desempenhado pelas nascentes de águas é que
provém o uso figurativo da palavra como emblema de esperança, bênção e
consolação. “O cordeiro lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida”
(Ap 7.17). Porém, não podemos esquecer de que, além de representar esperança,
bênção e consolação, também implica em juízo de Deus, pelo menos no princípio,
(veja a história do dilúvio).
As cinco fontes e as aplicações para nossa vida:
I. Fontes do Abismo (Gn 7.11; 8.2).
- Estão ligadas ao juízo de Deus.
- Um dos juízos de Deus foi o dilúvio – as fontes do abismo se abriram...
- Gafanhotos sobre a terra (Ap 9.1-5).
- Fonte turva, e manancial corrupto (Pv 25.26).
II.
Fontes Superiores (Js 15.19; Jz 1.15).
- Estão ligadas à conquista de Quiriate Seper (cidade de livros).
- Vitórias e bênçãos
III. Fontes de Vida (Pv 16.22).
- Estão ligadas ao entendimento.
- Á consagração.
- Aos sacrifícios.
- À santificação (Rm 12.1,2).
IV. Fontes da Sabedoria (Pv 18.4).
- Estão ligadas à
Palavra de Deus e sua prática (Sl 119.9-16; Pv 18.6; Tg 1.21-26).
- Estão ligadas ao
fim do “mandamento que é a caridade de um
coração puro, e de uma boa consciência, e da fé não fingida” (1 Tm 1.5).
- Estão ligadas ao
evangelho da graça pela salvação em Cristo Jesus – “Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus
Cristo, homem, o qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para
servir de testemunho a seu tempo” (Tm 2.5,6).
V. Fontes da Salvação (Is 12.3).
- Estão ligadas a
Cristo (Jl 3.18; Jo 4.1-14; Ap 7.17; 21.6).
- Estão ligadas à
confissão (Rm 10.10) – e também ao coração que crê. “Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz
confissão para a salvação”.
- Estão ligadas à
graça – A graça não nos deixa permanecer no pecado, antes nos livra do poder do
pecado. “Porque o pecado não terá domínio
sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça” (Rm 6.14).
Conclusão.
Devemos observar a história dos hebreus, as promessas,
e principalmente os sofrimentos. Devemos ter evidências de que Deus é o
controlador de todas as coisas. O povo hebreu deixou um legado para a
humanidade – a certeza de que Deus os escolhera para se revelar na cultura, na
ciência, na política, na educação e, especialmente, no desenvolvimento
socioeconômico. Desenvolveram, ao longo dos séculos, uma tecnologia que, hoje,
muitos utilizam e, às vezes, nem sabem que foi um judeu que criou. Da
mesma maneira, nesta modernidade, enquanto cristãos, devemos aplicar essas
lições em nossa vida espiritual diária, e adquirir a mente do Cristo Ressurreto
– fonte inesgotável da sabedoria, da vida, da salvação; fonte da graça
redentora que nos sacia alma.
Tente beber dessa fonte maravilhosa. Fonte que jorra
do Filho de Deus para que tenhamos vida com abundância. Nele temos um manancial
inesgotável.
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