Texto:
(Mateus 13.
24-30).
Leitura:
“...:
O Reino doscéus é semelhante ao homem que semeia boa semente no seu campo;
mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou o joio no meio do trigo,
e retirou-se”.
Introdução.
Jesus quando
esteve na terra fazendo a obra, estabelecendo as diretrizes para formar sua
Igreja, falou de várias formas. A mais comum foi em forma de Parábolas. Suas
parábolas eram ensinamentos e ao mesmo tempo exortações reflexivas para que o
povo ouvindo-as não as compreendesse de imediato. Mas, em muitos casos chamava
seus discípulos e as esclarecia. Uma dessas parábolas chama muito a atenção por
sua peculiaridade e pelo fato de estar sendo, cada vez mais, vivenciada na
realidade dos dias atuais. É a parábola do trigo e do joio!
Uma das passagens
bíblica muito usada por alguns dos pregadores mais renomados e, principalmente
por líderes que, visando proteger a lavoura de Cristo, os cristãos, aplicam-na
com o objetivo de alertá-los quanto à intenção do maligno. Uma intenção única
de desvalorizar o sacrifício do Senhor e levar muitos à apostasia e ao limbo da
ignorância quanto à separação que o Senhor requer dos seus “santos”.
A parábola é uma
alerta para a Igreja nesses últimos dias, pois de maneira dissimulada, o diabo
lança o joio no meio do trigo, e o trigal do Senhor sofre danificações
incalculáveis. Tais como: desunião, inveja, porfias, maledicências, ciúmes,
contendas..., etc. O ministério fica abalado e perde força quanto à “sã
doutrina da Palavra de Deus”. Os comichões começam a aparecer, e os incautos
vão ajuntando doutores para sua própria perdição. O “semeador do mal”, isto é,
do “joio” é implacável quanto a isso. Não deseja o bem de quem quer que seja.
Ele quer a ruína da seara santa de Deus. Basta uma olhadela para os escândalos
que envolvem lideranças e postulados da fé, é uma constante nos dias de hoje...
Final dos tempos?
Sim. É o cumprimento da Palavra de Deus, e por isso intentamos somar esforços
para combater esse mal tão existente no seio da Igreja de Cristo. Não é
intenção arrancar o joio, pois sabemos que no dia da ceifa ele será colhido
junto com o trigo, separado e lançado no fogo ardente, “ali haverá pranto e
ranger de dentes”. Mas, para não sermos pegos de surpresa passaremos às representações
das “Sete Características do Joio”, veneno lançado para matar a santificação
que o Senhor tem dado aos seus servos, afim de que sejamos rejeitados pela
influência do mal.
Cizânia (Joio).
“É
a tradução grega Zizanion em Mt
13.25-27; 29,30. A cizânia (Vicia
sativa), espécie de ervilha brava, com folhas pinuiladas e com flores
papilionáceas de cor azul-purpurino ou vermelha, facilmente se distingue do
trigo. A palavra grega Zizanion corresponde
ao vocábulo árabe zuwan, que é o Lolium, e no talmúdico zonin. A cizânia peluda (Lolium temulentum) é uma gramínea
venenosa e quase não se distingue do trigo, enquanto ambas as plantas são ainda
novas, mas, depois de crescidas, não se confundem mais (vv. 29,30)” [1].
Em Mateus 13, Jesus propõe quatro parábolas que se interligam pelo seu conteúdo de responsabilidade para com a Palavra de Deus. Porém, a ênfase proposta está sobre a parábola do trigo e do joio; porque o inimigo não cessa de atentar contra a vida dos fiéis em Cristo Jesus. Sua intenção, nessa ilustração é clara e concisa. Fazer com que o trigo sofra e morra durante o processo de germinação e crescimento. Ele não quer que a semente venha a vingar e tornar-se alimento para os necessitados e famintos – “... fome por justiça”. Portanto, pelas características do joio poderemos zelar pela Seara do Senhor, propondo ensinos que sejam relevantes para a edificação daqueles que sentem “a fome de justiça”. O Reino dos céus é comparado a um campo que fora semeado pelo homem com boa semente – trigo. Mas, dormindo o homem, à noite veio seu inimigo e semeou o joio – tentativa de danificar a lavoura trigal. (Mt 13.24,25).
Para que isso não aconteça enquanto aguardamos a ceifa, devemos observar as sete características do joio, vistas como alerta para muitos que estão despercebidos. O inimigo não brinca em serviço, sua meta é danificar o quanto ele puder, e muito, a vida de todos os fiéis plantados no campo “Reino dos céus”. Entretanto, a clareza do texto enfatiza o fim de ambos, o joio e o trigo: Um será colhido para o celeiro celestial, o outro irá a molhos para o fogo eterno. Todavia não devemos deixar a vigilância esvair-se na preguiça da meditação, pois isso acarretará um esmorecimento e morte espiritual.
Vejamos as sete características do joio:
I. Falsas Testemunhas.
A falsidade é um
sentimento de fraqueza próprio dos que não se concentram na liberdade
constituída por Cristo àqueles que foram comprados, lavados e remidos no seu
sangue. Onde, após esse ato relevante, estabelece a responsabilidade de sermos
sinceros uns para com os outros. Mas, infelizmente não é o que vemos no meio da
cristandade, pois uma das características do joio é a “falsa testemunha”. Uns dos exemplos
de falsas testemunhas são visto no episódio de Estevão “o primeiro Mártir da
história da Igreja”. Seu ministério foi muito especial. Estevão cheio de fé e
de poder fazia prodígios e maravilhas entre o povo. Seu testemunho corajoso
irou os membros das sinagogas. Quando esgotaram seus argumentos bíblicos,
apelaram à violência, aliando-se com falsas
testemunhas. E confiou o resultado desejado à violência de uma turba.
Estudando a
pregação de Estevão, podemos entender as falsas acusações contra ele. A pior
calúnia sempre tem como partida a verdade mal interpretada: “Proferir palavras blasfemas contra o santo
lugar...” Estevão declarou que o Senhor não se limitava ao prédio como se
essa fosse a verdade divina. Ele repetiu a profecia de Jesus sobre a queda do
Templo. A mudança dos “costumes que
Moisés nos deu”. Isto é, Estevão pregou que a Velha Aliança, com seus
dogmas, fora cumprida em Jesus Cristo. “Palavras
blasfemas contra Moisés” – quer dizer, disse que Moisés é inferior a Jesus
– “... e contra Deus” – ensinou a
divindade de Cristo[2].
Ao falar a verdade
da Palavra de Deus em suas pregações, Estevão atiçou a ira dos religiosos da
época, portentosos defensores da Lei Mosaica. Esses deveriam ser a irmandade
genuína como aqueles que defenderiam a divindade do Filho de Deus após sua
morte e ressurreição sobre o Calvário. Mas ao contrário, continuaram na religiosidade
da Velha Aliança. Entretanto, O Senhor preparou a sua Igreja para a Grande
Comissão de levar sua verdade salvadora após cumprir toda a Lei. Estevão, como
primeiro mártir sofreu pela Verdade, Jesus Cristo.
Ao falar a
verdade, crentes há que são terrivelmente perseguidos por causa da inveja e do
ciúme, entre outros sentimentos diabólicos. Levantam falsos testemunhos,
arranjam esquemas inescrupulosos com o objetivo de se autopromoverem e se
manterem na crista da onda. Fazem de tudo para esse fim, inclusive caluniar e
difamar...
A verdade é contra
as intenções que não sejam baseadas nas santas doutrinas bíblicas. A nova
trajetória dos discípulos de Cristo era permeada desses sentimentos. As
perseguições tinham como base as falsas testemunhas. Era comum nesses primeiros
passos da Igreja de Cristo.
Estevão era
acusado de ser blasfemador. Os acusadores, as falsas testemunhas e juízes, no
entanto, “viram o seu rosto como o rosto de um anjo”. Não parecia um inimigo da
religião. Isto deve ter dado o que pensar aos judeus, principalmente ao jovem
Saulo de Tarso.
O discurso de
Estevão é o mais longo registrado no Novo Testamento. Isto ressalta o
ministério dele como ponto de partida crítico no progresso do Reino de Deus.
Estevão se tornou o fator principal para a abertura da Igreja aos gentios,
culminando na conversão de Saulo. A crise se desenvolvia da seguinte maneira: A primeira igreja
era composta quase exclusivamente por judeus. Não deixaram imediatamente a Lei
de Moisés e suas tradições nacionais. Havia o perigo dos cristãos judaicos, em
Jerusalém, se apegarem demasiadamente à Antiga Aliança. Isto, os impediriam de
cumprir sua missão com relação às nações. Por muitos anos a pregação do
Evangelho limitou-se aos judeus. Mas, uma visão celestial impulsionou Pedro a
levar o Evangelho aos gentios (At 10). Apesar disso, alguns cristãos judeus
exigiam que os gentios se fizessem judeus para se tornarem cristãos (At 15.
1,2).
A Igreja não ficou
à mercê das tradições humanas. Jesus tomou as medidas necessárias. Livrou seu
povo do judaísmo e da influência da aliança ultrapassada. O método empregado
foi a perseguição despertada pelo ministério de Estevão. Ele, jovem diácono,
discerniu o sentido profundo e amplo do Evangelho. Com coragem pregou a
completa falência da Antiga Aliança por meio do ministério de Jesus. Falou
sobre a destruição do Templo como um sinal para Israel. Deus o rejeitava como
seu povo, ficando os seguidores de Cristo no seu lugar... Falou aos líderes
judeus que os israelitas nunca entenderam os planos de Deus. Sempre perseguiram
os que foram enviados por Deus. E ainda mais, disse que o templo era
dispensável, porquanto Deus se revelara a pessoas em todo e qualquer lugar.
Moisés mesmo tinha predito o surgimento de um profeta semelhante a ele, o que
implicaria em uma Aliança. Concluiu com vibrante denúncia, enchendo de fúria os
líderes, causando seu próprio martírio e dando início a uma campanha de
extermínio contra o Cristianismo. O ministério de
Estevão libertou a Igreja do seu ancoradouro judeu, de maneira eficaz e
completa![3]
A verdade do
Evangelho desencadeia rupturas com o que é tradicional e sem mais efeito.
Estevão, cheio do Espírito Santo, foi levantado para ser um atalaia contra a
hegemonia dos religiosos, que teimavam em manterem-se na Velha Lei, a qual a
seu tempo tinha sido cumprido com a plenitude de Cristo encarnado, perseguido e
morto como predito. O próprio Israel se encarregara como instrumento de Deus,
de rejeitar a Nova Aliança pelo sangue de Cristo. Agora, fica o fato de que,
todo aquele que é chamado por Deus para uma grande obra, sofrerá perseguições
com as falsas testemunhas, sejam elas de que ordem for...
Estevão se viu
frente aos seus acusadores que foram aliciados para este mesmo fim, isto é, a
sua vida fora de mártir, mas com isso a Igreja saiu vitoriosa e com um novo
ânimo para ser mais que vencedora.
As falsas
testemunhas ainda perambulam pelo meio da Igreja buscando novos mártires para seu
deleite diabólico e alegria carnal com o propósito de danificar a obra do
Senhor. Porém, “quem intentará acusação contra um justo"?...
II. Falsos Irmãos.
O que dizer dos
falsos irmãos? Estes andam entremetidos na comunidade cristã... Sua intenção é
sondar os direitos alheios, a fim de transtorná-los com vilipendiosos ataques
contra a moralidade cristã.
Paulo enfrentou
essa situação na cidade de Coríntios e na Galácia. Ele escreve: “E isto por causa dos falsos irmãos que se
tinham entremetido, e secretamente entraram a espiar a nossa liberdade, que
temos em Cristo Jesus, para nos porem em servidão” (Gl 2.4).
Alguém fora
incumbido de espiar e examinar o funcionamento e ensino nas Igrejas dirigidas
por Paulo, na Galácia. Ele refutou este tipo de comportamento dos falsos
irmãos.
Pode ser que os
judaizantes houvessem se fingido de cristãos, adotando os mesmos ensinamentos
dados por Paulo, mas na verdade, o objetivo não era este. Talvez quisessem se
infiltrar entre os crentes somente com o objetivo de semear, entre outras
heresias, a circuncisão. Infelizmente, as mesmas contingências ainda ocorrem
nos dias atuais nas igrejas. Assim é que muitos prejuízos têm sido causados à
obra pela ação de falsos irmãos.
Paulo mencionou os
princípios mais sagrados da fé cristã. Qualifica o meio ambiente das igrejas da
Galácia de liberdade. A infiltração de falsos irmãos nas igrejas fundadas por
Paulo causou-lhe grandes sofrimentos. Portanto, tinha razões de sobra para
alegar as mazelas dos crentes em Coríntios (2 Co 11.26,27).
Enquanto os
judaizantes se estribavam no cerimonialismo tradicional dos ancestrais, Paulo
enfatizava o Evangelho, afirmando que a fé não impunha jugo pesado aos crentes
gálatas, já que estavam libertos da escravidão mosaica (Rm 8.2). Paulo entendia
que a fé em Jesus Cristo está acima de todo e qualquer ritualismo judaico (Rm
2.14).
Paulo considerava
os preceitos da lei de Moisés uma escravidão. Assim, Jesus chamou os fariseus
de sepulcros caiados, porque se apegavam às coisas mais simples da Lei, no
entanto, nada mais eram do que simples escravos. Pois, a dureza de seus
corações era contumaz e não entendiam que Jesus era a solução para remover o
impasse religioso. Assim, quando dito da escravidão em que viviam, achavam que
eram libertos e filhos de Abraão (Mt 23.27; Jo 8.33-36).
Não bastasse
falsas testemunhas, agora temos o problema que envolve falsos irmãos. Esses que
se dizem chegados, mas na verdade são verdadeiros lobos devoradores de almas.
As imposições religiosas chegam ao cúmulo do ridículo, com distorções da
doutrina bíblica e invencionices paranormais que sequer estão no texto sagrado.
Essa atitude, que chega à beira da insanidade espiritual, tem levado muita
gente ao abismo sem fim e sem volta. Quantos não se desviaram porque foram
maltratados na sua liberdade espiritual e deixaram se levar pelo antagonismo
ético?
Comumente se prega
uma coisa, mas vive-se outra completamente oposta ao que se pregou. A
ingenuidade de muitos crentes tem sido a ferramenta mais usada pelos fariseus
de tribunas para auferirem propósitos que não tem nada a ver com a obra de
Deus... – como se Deus não estivesse a olhar e esperando o momento certo para
agir.
Falsos irmãos se
desvendam em verdadeiros “sepulcros caiados” – por fora adornados dos mais
suntuosos aparatos religiosos, mas por dentro, podres como carcaças em
decomposição. Fedem diante das narinas santas de Deus. Um Deus que se levanta
no seu alto e sublime trono para agir. Mas, como a porta da graça está aberta,
deleitam-se na vaga do tempo que parece não urgir mediante a repentina volta de
Cristo. E assim vão de tribuna em tribuna, aliciando novos seguidores, e também
novos desviados desprovidos de uma fé fundamentada em Cristo Jesus, vão caindo
pelo caminho estreito, deixando-se levar pela incontinência dos irmãos
religiosos – diga-se: falsos irmãos.
A amizade entre
cristãos deve ser permeada de sinceridade e humildade na relevância da adoração
a Deus. Um adorador sincero é um irmão sincero. Um adorador humilde é um irmão
que se desprende da soberba, fugindo dela para esconder-se sob a cruz de
Cristo, pois foi ali que ele deu o maior exemplo de adoração a Deus-Pai, e o
maior exemplo de humildade, entregou-se a si mesmo por amor de muitos...
A falsidade entre
irmãos é comum hoje em dia, digo com relação à cristandade. Nem todos querem se
adequar à sã doutrina para obter um ensinamento com base nos frutos do Espírito.
Tem gente quem nem sabe que isso existe e se encontra no Texto Sagrado! A
Bíblia é um estandarte decorativo que, e quando utilizada, é para hostilizar o
próximo. A calúnia, perseguições, maledicências e outras coisas mais [...],
tornam-se a doutrina daqueles que se enquadra na conivência mundana, tal como
os fariseus filhos de Abraão.
Essa era desculpa
dos religiosos nos tempos de Jesus – a Lei era tudo. Porém, não contavam que
ela seria plenamente cumprida sob profecias da própria “Lei”. Além disso, a lei
exemplifica que só é utilizada quando há delito/crime. E quem são os seus
utilitários? Pense bem meu irmão!
Os falsos irmãos,
entremetidos na comunidade cristã, nos tempos de Paulo, causaram-lhe grandes
sofrimentos. E como está sendo nos dias atuais? Será que há diferença? Qual é a
nova desculpa quanto ao que deve ser feito e não se faz?
As admoestações
cederam lugar aos animadores de platéia, pois os ouvintes se foram, ou não se
contentam mais com as chocarrices dos palhaços vestidos de crentes. Querem algo
substancioso para satisfazer os anseios da alma; querem o bálsamo para curar
suas feridas abertas pelas pedras da perseguição caluniosa e difamativa da
moral, da família, da liberdade cristã ofertadas pela índole do Santo de Deus,
o Salvador e Senhor Jesus Cristo.
Deus em seu alto e
sublime trono descansa, observando a natureza da criatura se deteriorar nas
invocações que jamais subirão a Ele. Os falsos irmãos se misturam ao povo de
Deus – seus filhos por adoção em Cristo Jesus, esperando o cumprimento da
graça. Então se levantará e julgará com retidão a tudo e todos, mais do que se
possa imaginar, e os falsos irmãos terão cadeiras cativas no mais profundo
abismo da sua própria perdição.
Que Deus possa
perdoar, renovar e avivar a “todos” os crentes nessa última hora para que não
se torne um Estevão, mártir pelas mãos dos próprios “irmãos”...
III. Falsos Apóstolos.
As questões
fundamentais das Sagradas Escrituras estão caindo no ostracismo pelas inovações
que tem aparecido ao longo do tempo. Essas inovações têm gerado conformismo e
aberto uma estrada para os oportunistas que vêem um meio de se darem bem. As
questões fundamentais que corroboram os ensinamentos de Jesus ficam alienadas a
um pensamento despotista do tipo “faça o que eu mando e não faça o que faço”.
Com esse pensamento tão medieval e sem sentido, alguns oportunistas em meio à
irmandade cristã estão sugando a fé alheia a fim de se firmarem como estrelas.
Fazem dos cultos verdadeiros shows com animação e tudo o mais. Porém, são
estrelas sem um céu e jamais o alcançarão, pois no céu não entra (pecado)
tirano.
Por constarem, nos
anais da história, a trajetória do mundo, percebemos que entre a humanidade
sempre surgiram imperadores que com suas conquistas impuseram regimes
escravagistas sobre os comandados. Por isso, a despeito de todo ensino de
Jesus, mesmo ressurreto, ainda têm surgido muitos desses tiranos, agora sob a
égide da pregação supostamente evangélica. Na verdade fizeram da fé um produto
de consumo com o objetivo de enriquecerem. Entretanto há uma exortação na
Bíblia Sagrada que contradiz tais posturas entre os evangélicos (cristãos).
Essa exortação foi
escrita pelo apóstolo Paulo a Timóteo na epístola que diz: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos;
porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos,
blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural,
irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os
bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos
de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes
afasta-te” (2 Tm 3. 1-5).
Paulo escreveu
esta carta prevendo os últimos dias. E é exatamente nesse tempo que temos visto
aparecerem os falsos apóstolos. Estes se intitulam enviados de Deus e, em
alguns momentos, julgam-se verdadeiros deuses da filantropia eclética de uma
religiosidade que não se enquadra nos padrões normais e santos que a Bíblia
Sagrada registra. A realidade se espelha no que Paulo escreveu aos Coríntios, e
diz: “Mas temo que, assim como a serpente
enganou Eva com sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os
vossos sentidos e se apartem da simplicidade que há em Cristo. Porque, se
alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis
outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes com
razão o sofrereis” (2 Co 11. 3,4).
Os falsos
apóstolos andam à solta, espreitando almas para seu proveito próprio. Veja o
caso de Judas Iscariotes. Um discípulo de Jesus que aproveitou uma única
oportunidade para se dar bem. Com extrema falsidade, não se rogando de bondade,
foi e vendeu o Mestre por trinta moedas de prata – o preço de um escravo. Assim
se vendem produtos elaborados à base de fé e adoração, falsificados, para
ofertarem a um Deus Santo.
O apóstolo Paulo,
ainda aos Coríntios, continua a sua carta escrevendo: “Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos,
transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é maravilha, porque o próprio
Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros
se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme suas
obras” (2 Co 11. 13-15).
Falsos apóstolos,
falsos enviados... Paulo defendia seu apostolado diante de uma congregação de
crentes que mais visavam o ventre e a carnalidade do que a espiritualidade. No
capítulo 5 da primeira carta observamos o grau de impurezas que havia nessa
igreja. Paulo foi taxativo quanto à sua defesa, pois se tratava de influências
de falsos apóstolos.
O povo desse lugar
julgava-se muito sábio, porém essa sabedoria de nada estava adiantando para a
edificação da igreja. Observe: “Porque
está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos
inteligentes” (1 Co 1. 19). Não é sabedoria mais do que Deus... Muito menos
Deus se deixa levar por palavras de homens... Menos ainda pode ser manipulado
pelo que se tem...
Por causa das
dissensões entre irmãos, os falsos apóstolos se aproveitam para elevarem
ministérios sem a confirmação de Deus. Ajuntam um povo indeciso, sem estrutura
doutrinária, e sem orientação quanto ao seu real estado de arrependimento.
Muitos querem se dar bem na vida, principalmente na ordem financeira. Dessa
forma os falsos apóstolos erguem suas bandeiras que tem, como principal brasão,
o cifrão, representando as quantias (riquezas) a que os seus devotos devem
alcançar – isso com aplicação plena de tudo que se tem.
Suas campanhas
desestruturam a fé perfeita em Cristo Jesus, pois a pobreza é sinônima do
pecado. Ora, quem disse que ser pobre é pecado? Então se pergunta: “Que Cristo
é esse que estão pregando por ai?” Sinceramente eu não sei! Mas, que não é o
Cristo da Bíblia isso não é! O produto mais intitulado no rol desse povo é o
tal de “RECEBA” – jargão de marketing pobre e sem qualquer base bíblica...
Entretanto, para
receber alguma coisa da parte de Deus, o princípio elementar é a obediência
seguida de renuncia total a tudo que possa impedir o relacionamento íntimo com
Deus. Somente assim o “RECEBA” poderá tomar forma e acontecer em nossas vidas,
caso contrário tudo será inútil e acarretará na decepção espiritual da graça.
Os falsos
apóstolos estão por aí! Levam uma vida sectária entre as mazelas de suas
atitudes. Ora se mostram persuasivos quanto à Palavra de Deus – recebendo os
ensinamentos cabíveis representado por ela; ora se revelando déspotas e rudes
no trato aos seus semelhantes. A religiosidade é a marca registrada na vida
desses entremetidos no seio da cristandade, o que os fazem perseguidores da
liberdade espiritual outorgada pela manifestação do Espírito Santo. A crítica é
outra marca desses “apóstolos” embusteiros e indignos quanto aos mandamentos
éticos e morais, santificados pelo Senhor Jesus.
Por fim, para
arrematar o enunciado, fica o relato do apóstolo Paulo quanto ao exemplo de um
falso apóstolo, quando ele escreve dizendo o seguinte: “Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para
Tessalônica; Crescente, para a Galácia, Tito, para a Dalmácia... Alexandre, o
latoeiro, causou-me muitos males; o Senhor lhe pague segundo as suas obras”
(2 Tm 4. 10,14).
Que Deus seja
glorificado hoje e sempre, pois a ele pertence toda a honra e a glória... E que
os falsos apóstolos possam encontrar oportunidade de regeneração quanto ao
trato e responsabilidade para com a Palavra de Deus. Que suas resistências
possam dar lugar ao verdadeiro amor e prática pela “fé que uma vez foi dada aos
santos”.
IV. Falsos Obreiros.
À semelhança do
falso apóstolo, encontramos citações a respeito do falso obreiro. “Estes homens, eu vos digo, são realmente
falsos obreiros, impostores, criaturas que se mascaram como missionários do
Messias. Não me digam que isso seja impossível, pois até Satanás se transfigura
em anjo de luz. Não é de admirar então se os seus agentes também se disfarçarem
em servos da justiça. Seu fim corresponderá às suas obras” – palavras
parafraseadas de Paulo (2 Co 11. 13).
“Obreiros
fraudulentos”
significam que não usam de sinceridade quanto ao manuseio da Palavra de Deus,
muito menos aplicam a sã doutrina nela revelada. Fazem de suas plataformas um
meio de justificarem os extremos oportunistas a que se dão, a fim de obterem um
retorno materialista e financeiro.
A discussão dessa
pauta leva o apóstolo Paulo à autodefesa de seu ministério entre os gentios
para dissipar qualquer mal entendido entre os crentes, já que entre eles estava
infiltrado o “falso obreiro”. Talvez houvesse alguém que tivesse feito alguma
crítica a esse respeito. E isto desencadeou uma insatisfação entre os
Coríntios. Dessa forma, Paulo se vê obrigado à autodefesa, esclarecendo o
seguinte: “Pequei, porventura,
humilhando-me a mim mesmo, para que vós fôsseis exaltados, porque de graça vos
anunciei o evangelho de Deus? Outras igrejas despojei eu para vos servir,
recebendo dela salário; e, quando estava presente convosco e tinha necessidade,
a ninguém fui pesado” (2 Co 11. 7,8).
Paulo fez sua
defesa e passou a gloriar-se não segundo o Senhor, mas como por loucura na
confiança de gloriar-se, pois muitos estavam se gloriando segundo a carne, e
ele também o fez (2 Co 11. 17,18). A característica principal do falso obreiro
é gloriar-se na carne, um ato completamente falível, pois a glória pertence a
Deus.
Os obreiros
fraudulentos inovam os meios evangelísticos apenas com intenção de receberem
glórias dos homens, outros querem os benefícios materiais que isso resulta,
outros ainda buscam as vantagens financeiras para se firmar na sociedade,
mostrando na aparência o suposto milagre acontecido. As ladainhas (chavões) são
as peremptórias que soam como latas vazias num estrondo desiludido. Em função
deles encontramos os decepcionados com a graça que, pela frustração do mau
testemunho entreviram-se no caminho dos sem ministérios, ou sem congregações.
Esses falsos obreiros criaram a raça de zumbis espirituais que vagam de templo
em templo buscando a fé que fora destruída pela incontinência doutrinária.
A ênfase dos
sermões tem sua base no sobrenatural de Deus, e por buscarem atingir o
psicológico do homem para dissuadi-los a proporem-se aos absurdos, constroem
uma fé traumatizante. As decepções seguem com suas vitimas dilaceradas pelo
postulado decrépito de uma cruz sem efeito. Pois, para os falsos obreiros, a
cruz é um bem valioso e de fácil comércio. Vendem-na como um subproduto de
fácil aceitação com o objetivo da divinização fora do contexto bíblico. O
sacrifício de Jesus é efêmero e não condizente aos fatos da realidade que eles
apresentam. Aplicam seus golpes, dissimuladamente, inculcando que as
contribuições são para o benefício de uma obra que não existe na realidade de
um Deus que se preocupa com tudo.
Eles próprios não
se dão a uma renúncia plena, muito menos carregam suas cruzes, menos ainda
seguem o Cristo da Bíblia. Para a idolatria o caminho é curto, e como agentes
da indulgência espiritual, libertam, curam, operam milagres com o pronome
possessivo “eu”. “Eu” quem? Jesus com certeza não é o elemento adjunto que
“fez” e que “faz” maravilhas!
As fogueiras
santas estão por aí, e seus penduricalhos apresentados com um misticismo não
existente em termos bíblicos. Que doutrinas são essas? Inovações em ondas que
levam ao naufrágio espiritual e daí para a morte sem Deus. As “metas” são outra
constante entre os falsos obreiros, pois estipulam “o que” e “quanto” se deve investir
na suposta obra que não visa à coletividade, mas a individualidade e
materialismo do gentílico hedonista.
A flexibilidade
dos falsos obreiros é impressionante, pois amolecem diante da inflexibilidade
bíblica. Se o pecado é condenável diante do Santo de Deus, para os falsos
obreiros é apenas um detalhe que pode ser ignorado sem problemas.
Paulo se defendeu
do desacato hipócrita para com sua pessoa por não lhes ter exigido salário.
Explicou que a razão por não tê-lo feito foi porque não queria entregar uma
arma na mão dos seus opositores (falsos obreiros) que a teriam usado contra
ele. Queria provar que trabalhava em Corinto de modo totalmente desinteressado
quanto a finanças.
V. Falsos Profetas.
Essa planta quando
lançada no meio do trigo, o joio, devasta a lavoura de tal maneira que é
exigido muito cuidado para não se perder o trigo bom. O joio é a erva daninha
que se assemelha ao produto de cultivo, embrenha-se por entre as ramas e
torna-se difícil identificá-lo. Porém, ao crescer é fácil reconhecê-lo, pois
suas características em nada se parecem com o trigo.
“É a tradução grega Zizanion oem Mt 13.25-27; 29,30. A cizânia (Vicia sativa), espécie de ervilha brava, com folhas pinuiladas e com flores papilionáceas de cor azul-purpurino ou vermelha, facilmente se distingue do trigo. A palavra grega Zizanion corresponde ao vocábulo árabe zuwan, que é o Lolium, e no talmúdico zonin. A cizânia peluda (Lolium temulentum) é uma gramínea venenosa e quase não se distingue do trigo, enquanto ambas as plantas são ainda novas, mas, depois de crescidas, não se confundem mais (vv. 29,30)” [4].
Portanto, é certo dizer em princípio, que não é bom arrancar o joio do trigal, pois ele crescerá e se distinguirá do trigo, podendo assim, na ocasião da ceifa ser separado e lançado no fogo.
Retomamos o assunto do joio para melhor exemplificar a situação do falso profeta. Porque tal elemento também está incorporado no meio da igreja e do povo de Deus. São seres que, em muitos casos se vendem pelo preço de guisado, recusando a primogenitura divina. “Ai deles! Porque. entraram pelo caminho de Caim, e foram levados pelo engano do prêmio de Balaão, e pereceram na contradição de Corá” (Jd 11).
Infelizmente, a convivência com os falsos profetas tem trazido muitos transtornos para a obra de Deus, os quais podem ser chamados de “os Tobias e Sambalates da vida”. A todo custo tentam impedir o avanço do Reino de Deus, criando lutas que jamais existirão, aliás, eles próprios se tornam a maior de todas as lutas.
Jeremias falou acerca do falso profeta e, ele mesmo teve um encontro com um. “O falso profeta Hananias” foi uma grande prova na vida de Jeremias. Sua luta contra esse falso profeta foi, digamos, travada. Hananias profetizava tempos de paz e a “quebra do jugo imposto por Babilônia, dizendo que o Senhor traria os utensílios da casa de Deus de volta. Porém, o Senhor estava apertando o povo por causa da rebeldia, e o falso profeta não estava apercebido desse ato divino. Suas palavras eram mentirosas e não continham a veracidade dos fatos, mesmo porque Deus é quem estava operando no meio de Israel.
“E disse Jeremias, o profeta, a Hananias, o profeta: Ouve, agora, Hananias: não te enviou o Senhor, mas tu fizeste que este povo confiasse em mentiras. Pelo que assim diz o Senhor: Eis que te lançarei de sobre a face da terra; este ano, morrerás, porque falaste em rebeldia contra o Senhor. E morreu Hananias, o profeta, no mesmo ano, no sétimo mês” (Jr 28.15-17).
Além de profetizar mentiras, o falso profeta induz, por encantamento, a que os que ouvem a Palavra de Deus não alcancem a .verdade do evangelho. Observe a atitude de um falso p7rofeta em Pafos, chamado Barjesus – Elimas o encantador. Resistia a Paulo e a Barnabé e procurava apartar da fé o proconsul Sérgio Paulo, varão prudente e que procurava ouvir a Palavra de Deus (At 13. 4-8).
“... Paulo, cheio do Espírito Santo, fixando os olhos nele, disse: Ó filho do diabo, cheio de todo o engano e de toda a malícia, inimigo de toda a justiça, não cessarás de perturbar os retos caminhos do Senhor?” (At 13. 9,10). O falso profeta transtornava os caminhos do Senhor e Paulo o repreendeu com severidade, pois o encantador ficou cego, sem ver o sol por algum tempo (At 13. 11). Com o fato ocorrido o proconsul creu, maravilhado da doutrina do Senhor (At 13. 12). A autoridade de Paulo é notória nesse episódio, pois seu discernimento o fez entender que se tratava de um falso profeta, mais propriamente dito, um adivinhador.
A vida eclesiástica, atualmente, tem revelado muitos falsos profetas. Alguns deles são os profetas da “prosperidade”, outros são os “casamenteiros”, outros ainda são os “profetas da morte”, qualquer coisa é motivo de profetizarem a morte. Alegam supostos pecados escondidos, mal sabendo que estão pecando contra Deus, proferindo palavras que não foram ordenadas pelo Senhor.
O apóstolo Pedro, em sua segunda epístola, fala acerca dos falsos profetas como que negando ao Senhor, introduzindo heresias de perdição, mas que trarão sobre si mesmos repentina perdição (2 Pe 2. 1). Note bem, “e muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade; e, por avareza, farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita” (2 Pe 2. 2,3).
O negrito é proposital, pois é dessa forma que os falsos profetas valem-se para se beneficiarem da fé alheia. Muitos já perceberam a carência espiritualg dos homens e, em função disso, promovem suas dissoluções levando-os a acreditarem no fingimento de suas palavras que, ao final se desvanecem na frustração da promessa não cumprida.
Os falsos profetas estão por aí, entre o povo de Deus, buscando vítimas para saquearem o que eles têm de melhor, suas almas. Suas palavras jamais poderão surtir efeito algum, pois se trata de engodo maligno cm o fim único de satisfazerem seus caprichos egocêntricos. Nenhum falso profeta fala a verdade, sua intenção é atingir o máximo de sua avareza. E, finalmente, podemos discerni-los através da genuína Palavra de Deus, a qual através de Pedro revela: “Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção, recebendo o galardão da injustiça; pois que tais homens têm prazer nos deleites cotidianos; nódoas são eles, deleitando-se em seus enganos, quando se banqueteiam convosco; tendo os olhos cheios de adultério e não cessando de pecar, engodando as almas inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos de maldição; os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça” (2 Pe 2. 12-15).
“... porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1 Jo 4. 1). São vaticínios reveladores quanto à grande verdade do Senhor que, nos exortando, alerta-nos a que não nos coloquemos sob seu jugo, pois não confessam que Jesus Cristo veio em carne, tornando-se emissários do anticristo. “Do mundo são; por isso, falam do mundo, e o mundo os ouve. Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus ouve-nos, aquele que não é de Deus não nos ouve. Nisto conhecemos nós o espírito da verdade e o espírito do erro”. (1 Jo 4. 5-,6). Portanto, oremos para que o Senhor possa nos livrar desses oportunistas que mercadejam com o sagrado e a fé que uma vez foi dada aos santos, e que por ela possamos batalhar continuamente.
VI. Falsos Cristos.
Essa é mais uma
característica do joio, querer parecer com o Senhor em todos os seus aspectos,
isto é, sua infiltração é totalmente dissimulada. Porém, há um vaticínio da
parte de Deus quanto a esses falsos cristos que, supostamente se apresentam
como milagreiros e sonhadores. Visionários de oportunidades que
conseqüentemente levam ao erro. Deus disse:
Quando profeta ou sonhador se levantar no meio de ti e te der um sinal ou
prodígio, e suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não
conheceste, e sirvamo-los, não ouvirás as palavras daquele profeta ou
sonhador de sonhos, porquanto o Senhor, vosso Deus, vos prova, para saber se
amais o SENHOR, vosso Deus, com todo o vosso coração e com toda a vossa alma.
Atualmente vemos
muito casos de rebeldia contra Deus e contra a sua Palavra, são os “crentões”
que não se submetem às ordenanças estabelecidas pelo Senhor. Rebelam-se e saem
para abrir suas portinholas com placas sugestivas que persuadem os incautos a
caírem em seus “marketings” implacáveis. Geralmente a prédica é a mesma, usando
de lisonjas atraem os néscios com o fim único de prendê-los a um jugo
inexistente na doutrina bíblica. Estes apresentam um Cristo simplório e sem
eficácia, porém o mais milagreiro já existente.
Jesus é o Senhor
dos senhores e Rei dos reis, sem dúvida, mas a estratégia do falso cristo é
justamente apresentar um replicante à altura do original. Inventam um cristo
descaracterizado de si mesmo que jamais poderá se igualar ao único e soberano
Filho de Deus. Com o intuito de atrair uma “clientela” consumista,
principalmente no campo da fé. Usam de alguns argumentos que chega a ser
ridículo diante da revelação bíblica.
“Não saia do seu
lugar...”, pois a verdade é Cristo Jesus, único salvador e senhor de nossas
vidas, a ele devemos honrar com nossa obediência, ficando em sua dispensação.
Dizem os apóstolos
do oportunismo que em suas igrejas o Senhor faz mais do que se possa imaginar.
Oferecem o imediatismo das realizações utópicas que se desmancham na decepção
espiritual, porque os milagres oferecidos muitas vezes são rotulados pelas
palavras do consumismo frenético de algo irrealizável. Suas artimanhas se
entrelaçam com a difamação de outras instituições dizendo que o “tempo passado
lá” foi desperdiçado e que agora, “você vindo para cá, Deus vai te abençoar e
trará uma nova unção na sua vida”. Veja bem, é necessário discernir entre o que
Deus permite que se faça e o que nos induzem a fazer, pois uma coisa é Deus
operando, outra é o homem se impondo sobre Deus.
Os apóstolos do anticristo não cessam de buscar ocasião para fazerem seguidores, suas metas se confundem com “sinais e prodígios”, e o mais comum nos dias de hoje são os milagres “materialistas”, aqueles que são representados pelas chaves de casas, chaves de carros, portas de empregos com salários altíssimos, campanhas desafiadoras no sentido financeiro... – entre outras coisas mais.
Os apóstolos do anticristo não cessam de buscar ocasião para fazerem seguidores, suas metas se confundem com “sinais e prodígios”, e o mais comum nos dias de hoje são os milagres “materialistas”, aqueles que são representados pelas chaves de casas, chaves de carros, portas de empregos com salários altíssimos, campanhas desafiadoras no sentido financeiro... – entre outras coisas mais.
Foram citados,
alguns parágrafos atrás, as “fogueiras santas” e os “penduricalhos místicos”
que são utilizados com fins lucrativos. Mas, aqui o apresentaremos como uma
forma de idolatria. A adoração de objetos, supostamente consagrados, é
oferecida como meio de quebrar maldições que nunca existiram, a não ser que o
sacrifício de Jesus tenha sido em vão? Cremos que não!
O fato é que
muitos estão apresentando falsos cristos com o fim de promoverem suas
realizações egocêntricas sem o menor respeito e reverência ao Verdadeiro Filho
de Deus. Os absurdos são incontáveis, e pela revelação da santa Palavra de
Deus, podemos observar essa grande verdade através do que Jesus disse: “Então, se alguém vos disser: Eis que o
Cristo está aqui ou ali, não lhe deis crédito, porque surgirão falsos cristos e
falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora,
enganariam até os escolhidos. Eis que eu vo-lo tenho predito” (Mt 24.
23,24).
João, o apóstolo,
com profundo amor escreveu a respeito dos falsos cristos, denominando-os de “os
anticristos”. Na sua primeira carta ele fala da última hora e de como os irmãos
estão inteirados da vinda do anticristo, e que agora muitos se tem feito
anticristos.
Daí o conhecimento
de que já é a última hora. Observe que a revelação é: os tais “saíram de nós, mas não eram de nós; porque
se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não
são todos de nós” (1 Jo 2. 19). Ora, será que é impossível detectar esses
embusteiros? Será que nosso discernimento, baseado na verdade representada pela
unção do Santo, está desgastada pela frieza espiritual? Ou será que o comodismo
tem nos afogado nas revelações inventadas que nos colocam em cadeias
espirituais e não estamos apercebidos?
Certo é que Jesus
é o único unigênito do Pai, a ele toda honra e toda glória desde hoje e para
todo o sempre, pois na revelação de João encontramos a base para não nos
deixarmos enganar pelos anticristos. Tal revelação nos diz o seguinte: “E vós tendes a unção do Santo e sabeis
tudo. Não vos escrevi porque não soubésseis a verdade, mas porque a sabeis, e
porque nenhuma mentira vem da verdade” (1 Jo 2. 20,21).
VII. Falsos Mestres.
A última
característica que podemos observar no “joio” é a falsidade quanto ao ensino da
Santa Palavra de Deus – o falso mestre. A eles são atribuídas causas em que
muitos desviam “inocentes” cristãos dos retos caminhos do Senhor, pois seus
ensinamentos são corruptores.
Assim como “houve entre o povo falsos profetas, haverá
falsos doutores” com intenções de introduzir, dissimuladamente, heresias de
perdição e por suas atitudes “negarão ao
Senhor que os resgatou...” Os falsos mestres são implacáveis em seus
ensinamentos, isto é, o pano de fundo é somente a avareza, fazendo de suas
vitimas o elemento alvo para atingirem seus objetivos.
O apóstolo Pedro
fala com severidade a respeito do falso mestre, mas também exorta àqueles que
se deixa enganar pelos tais. Observe estas palavras: “Estes são fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, para os
quais a escuridão das trevas eternamente se reserva; porque, falando coisas mui
arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscências da carne e com
dissoluções aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro,
prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem
alguém é vencido, do tal também se faz servo” (2 Pe 2.17-19). Que
maravilha! Pedro foi divinamente usado pelo Senhor para nos alertar acerca dos
falsos mestres.
Em sua segunda
carta ele continua sua exortação, mostrando o que fazer para ser livre dessa
cilada. Os cristãos genuínos em Cristo Jesus, devem atentar mais profundamente
quanto aos fatos que cercam a vida espiritual, a qual foi outorgada pelo novo
nascimento em Jesus. Pois se a realidade desses dias revela oportunistas com
suas invencionices, então cremos que a Palavra de Deus se cumpre cabalmente. As
profecias nela contidas jamais poderão ser modificadas, ainda que falsos
mestres a queiram interpretar com suas maquiagens extraordinárias.
Não serão as
exegeses humanistas que farão a diferença na vida do ser humano, mas sim a
simplicidade da fé depositada na pessoa do Salvador, e na crença do sacrifício
salvífico. Veja o que diz Hebreus:
“Lembrai-vos, porém, dos dias passados, em que, depois de serdes iluminados,
suportastes grande combate de aflições” (Hb 10. 32).
Essa iluminação
representa a presença salvífica de Jesus Cristo em nossas vidas. Por ela somos
mais que vencedores. Ainda assim, não podemos esquecer as aflições que permeiam
a vida ativa do verdadeiro cristão, pois não serão as promessas utópicas dos
falsos mestres que farão da santidade mais ou menos eficaz quanto ao que se
espera do Senhor.
O sangue de Jesus
nos purifica de todo o pecado. E uma vez estando sob esse sangue purificador
recebemos também os benefícios que ele nos proporciona. Não são necessárias
inovações fantasiosas para se obter santificação ou milagres condicionados aos
bens materiais. Os ensinamentos dessa atualidade esbarram nas lendas homéricas
da satisfação pessoal, egoísta e sem propósito já que a doutrina de Deus é
fazer com que nos despojemos de tudo o que o mundo oferece para alcançarmos a
estatura de varão perfeito em Jesus Cristo.
O que dizer então
sobre as palavras que Paulo disse: “Não
sejais, pois, blasfemado o vosso bem; porque o Reino de Deus não é comida nem
bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17). Ora,
se o Reino de Deus não é comida nem bebida, porque então somos levados ao
materialismo do “come, bebe, folga?” Será mera hipocrisia, ou é um meio de
auto-afirmação frente a uma sociedade que se confunde no pecado e na própria
existência? Aliás, essa confusão indica fortemente a precisão da Palavra de
Deus!
Enfim, é preciso
dedicação e meditação na Palavra de Deus, pois ela revela o “que” e “como” agir
diante dos ensinos subtraídos da gnose humanista que enfatiza o super-homem que
o homem não é. Os falsos mestres estão contribuindo para a morte de um Deus que
jamais morrerá, pois sua Onipotência concentra toda a sorte da humanidade, e
não haverá super-homem que o mate.
Atualmente se
observa, nos meios eclesiásticos, certa superioridade daqueles que julgam deter
o “poder inovador”, e que podem solucionar todos e quaisquer problemas. Porém,
a insensatez desses atores clericais se rompe quando são enquadrados na sã
doutrina do Senhor. Então o super-homem cai por terra e Deus, como criptonita,
os enfraquece levando-os a reconhecerem o seu fracasso.
“Porque
virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos,
amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e
desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas”. (2 Tm 4.3,4). Essa é uma das
revelações que as Sagradas Escrituras encerram sob a orientação do apóstolo
Paulo a Timóteo. Nela observamos a exortação quanto aos falsos doutores. A Bíblia
é maravilhosa, pois elucida toda e qualquer dúvida quanto ao comportamento e
obediência a Deus! Já em sua carta escrita a Tito, Paulo, também fala a esse
respeito com muita severidade, dizendo: “Porque
há muitos desordenados, faladores, vãos e enganadores, principalmente os da
circuncisão, aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas
inteiras, ensinando o que não convém, por torpe ganância. [...] Confessam que
conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes,
e reprovados para toda a boa obra”. (Tt 1. 10,11,16).
Portanto, devemos
encarar a situação como um grande desafio dessa última hora, pois o “joio” foi
lançado no trigal do Senhor pelo inimigo para destruir a caminhada de muitos
sob falsos ensinamentos. Suas heresias permeiam muitos púlpitos em nossas
igrejas e há aqueles que aprovam novidades sem fundamentos
bíblico-doutrinários. A escolástica desses latoeiros é causar muitos males à
seara do Senhor, pois se o trigo se contaminar não haverá pão para os famintos
– O EVANGELHO DE PODER QUE SALVA, CURA E LIBERTA o homem de seus pecados...
Obras Consultadas.
ALMEIDA, J. F.
(1995). BÍBLIA SAGRADA - Revista e Corrigida. Barueri - SP: Sociedade
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GORODOVITS, J. F. (2006). BÍBLIA HEBRAICA. São Paulo: Editora e Livraria
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(2006). MANUAL DE ESCATOLOGIA - Uma análie detalhada dos eventos futuros.
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& HARRISON, E. F. (1993). COMENTÁRIO BÍBLICO MOODY - Volume 1. São
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[1] DAVIS. John D. Dicionário da Bíblia. Trad. Do Ver. J.
R. Carvalho Braga. 17ª edição. Rio de Janeiro. JUERP. 1993
[2] PEARLMAN. Myer. Atos: e a Igreja se Fez Missões. 1ª
ed. Rio de Janeiro. CPAD. 1995.
[3] PEARLMAN. Myer. Atos: e a Igreja se Fez Missões. 1ª
ed. Rio de Janeiro. CPAD. 1995.
[4] DAVIS. John D. Dicionário da Bíblia. Trad. Do Ver. J.
R. Carvalho Braga. 17ª edição. Rio de Janeiro. Juerp. 1993
Muito edificante este estudo. Tive a feliz ideia de lê-lo para complementar uma ministraçao minha na Comunidade onde sou pastora auxiliar.
ResponderExcluirQuero agradecer o irmão pelo estudo.
obrigada
pra.Angelica Bueno
Min.Missão Apascentar
angelika-bueno@hotmail.com
ÓTIMO
ResponderExcluirmuito bom o ensino!!!
ResponderExcluirA paz do Senhor Jesus : parabéns Ótimo....
ResponderExcluir